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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A SUBJETIVIDADE DO HOMEM EM SUAS VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS


O homem, ao longo de sua vida e a partir de suas experiências e vivências vai construindo sua subjetividade, sua forma de pensar, agir e sentir, ou seja, toda sua singularidade. Mesmo que seja um processo interno, a subjetividade liga ao social e a tudo que é vivido nas instituições, grupos e relações desde seu nascimento.
Entende-se por sujeito o indivíduo que é capaz de agir por si mesmo, isto é, capaz de pensar, decidir e atuar conforme a sua própria decisão. Sendo assim, a subjetividade engloba todas as peculiaridades indispensáveis à condição de ser sujeito, que envolve sua capacidade sensorial, afetiva, imaginativa e racional da pessoa. Da mesma forma, como não podemos entender o homem apenas como um animal racional, também não podemos reduzir a sua subjetividade a uma consciência, desconsiderando todos os demais aspectos da complexa interioridade de cada um. Essa subjetividade é uma espécie de argila que vai sendo modelada sob a cultura dominante de cada sociedade.
Nesse sentido, pode-se fazer uma análise de como o homem, a partir do que encontra em seu meio, vai se constituindo, principalmente quando submetido a leis e imposições sociais, o que acontece na situação do encarceramento. Diante de um sistema penal que limita o homem ao crime cometido, esquecendo-se de como o meio pode influenciar sua subjetividade e consequentemente sua forma de agir e se comportar, utiliza a pena como o produto final de tudo que é vivido e que foge do que foi construído socialmente.
Assim, entendemos ser difícil de "melhorar" a situação dos encarceramentos, pois sabemos que saúde psicológica se produz com laços sociais fortalecidos, com acolhimento, com possibilidade de fortalecimento do sujeito, com aumento da capacidade de intervenção transformadora da realidade, seja em presídios, manicômios, Febens, infelizmente, dificilmente conseguiremos esse intento.

 Com o processo de encarceramento, o sujeito vê que todo seu ideal de liberdade, autonomia e vivência acaba limitado, restringido-se a um ambiente que nada favorece a sua tomada de consciência em relação ao crime cometido, apenas o transforma ainda mais em alguém que a sociedade considera estar a margem, fora do que ela mesmo criou, o que desperta cada vez mais sobre a necessidade de ir além da pena, o estado deve investir em educação, oferta de trabalho, lazer, orientação e saúde.

* Paulo Daltro. Texto apresentado à Faculdade AGES.
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Olá, pessoal!!! Sou Paulo Daltro, atualmente Funcionário Público do Estado de Sergipe. Sou graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Graduando em Direito pela Faculdades AGES (Paripiranga/BA). Desde já, sejam todos bem-vindos ao “Eu Entendo Direito”. Abordaremos sobre os diversos ramos do Direito, com dicas, resumos, curiosidades e notícias... Abraço! Ubi non est justitia, ibi non potest esse jus.

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