por Lívan Pereira, do Não Entendo Direito
Chegou o fim de semana todos querem diversão, só alegria nós estamos no verão às vésperas de mais uma prova da OAB, e se você está se preparando para a “danada” sabe que nesta época os nervos afloram, o medo de reprovar é latente e as dores de barriga se intensificam conforme a data da prova vem chegando.
Seus familiares sempre estão por perto pra te dar um consolo, se você não estiver preparado ou se a sua família não botar muita fé em você, eles já irão tentar te tranquilizar antes mesmo da prova, dizendo que outras provas virão, que se for reprovado nessa, logo mais tem outra.
Mas esse é o papel da sua família e dos vossos companheiros, porém, papel de professor não é esse, o papel de professor é chegar em você e dizer: aqui meu nego, você não estudou nada, ficou no bar enquanto era pra estudar, acho melhor você se preparar pra próxima e economizar duzentos dinheiros.
Entretanto, para as faculdades e cursinhos preparatórios você não é um aluno, um estudante de direito, você é só um número, número este que pode ajudar ou atrapalhar os interesses comerciais alheios. Se você for aprovado, esse índice certamente será amplamente divulgado, porém, se o insucesso bater à sua porta, eles farão de tudo pra te esconder, para que você não afunde os índices do cursinho e atrapalhe a campanha de marketing da instituição.
E nessa ânsia de conseguir um número “bonito” pra colocar no jornal, pra estampar a cara dos aprovados no outdoor, os professores vem com aqueles discursos retirados de livros de auto-ajuda de R$ 1,00 que você compra na rodoviária, que dizem “calma, tá tudo bem”, “acredite em você”, “confiança é tudo”.
Para tudo que isso é pura balela, meu nobre leitor, se você não estudou, não há livro de auto-ajuda que vai te fazer passar na OAB, o que importa é a sua preparação e não as frases de incentivo, logo, abandone os pocket books de mensagens fofinhas e caia de cara nos livros, porque o sucesso vem desse jeito, com esforço.
Existem outras conversinhas muito corriqueiras nestes períodos “pré-prova”, uma delas é aquela coisa de não se matar de estudar porque isso te estafa e acaba prejudicando ao invés de ajudar, sei lá, já dizia o velho ditado que tudo em excesso faz mal, até água, mas, tenho minhas dúvidas acerca dessa dica de não se matar de estudar, sacrifícios vez ou outra são necessários, assim, um suicídio estudantil pode ser válido para que você atinja seus objetivos .
E o pior conselho que os postulantes à carteira cor de rosa podem ouvir é o “mantenha a calma!” Gente, falar de fora é fácil, é lindo, quero ver quem é que consegue manter a calma quando os 5 anos de faculdade e estudos estão em jogo, principalmente quando esse jogo é desigual e pende pro lado negro da força. Mantenha a calma é o caramba, perder o controle vez ou outra é normal e sim, todo mundo dá uma tremida na base nessas horas, mas cabe à você definir se essa tremida será só uma balançadinha marota ou um terremoto que vai abalar as suas estruturas.
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